Esse tipo de boi não forma, exatamente, uma boiada. Quer dizer, é mais raro encontrá-lo e tampouco se acha em meio a qualquer pastagem, no açougue ou no supermercado mais próximo. Um dos motivos alegados é que, por ser ácido, o consumo in natura fica limitado.
Penso que o limão é tão ácido quanto e nem por isso menos procurado. O problema com as frutas nativas é que há várias limitantes e uma dessas é a dificuldade de plantio ordenado e em grande escala.
Isso é o que ocorre com a fruta araçá-boi (Eugenia stipitata), nativa da Amazônia. Essa árvore frutífera é da mesma família da goiabeira e da jabuticabeira e põe frutas entre janeiro e maio. O fruto é arredondado, amarelado quando maduro, com muitas sementes e bastante aromático.
O araçazeiro é bastante prolífico: os frutos podem ser comidos ao natural ou usados para a produção de doces, geleias, sorvetes e bebidas; as folhas e os brotos fornecem matéria-prima para elaboração de corantes; as raízes são diuréticas e antidiarréicas; e a casca tem uso em curtumes. A polpa pode ser congelada ou usado para sucos industrializados.
Assim como outras espécies nativas da Amazônia, por ora, esse gado está circunscrito à região amazônica, o que faz com que a maior parte das pessoas desconheça essa e demais frutas de legítimo terroir brasileiro.
É uma pena que, além de a maioria de nós não conhecer o território nacional, estejamos também limitados no que diz respeito à produção natural local.
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One response to “Eugenia, a difícil”
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5 de maio de 2018 às 19:14Postar um comentário