Sempre gostei desse líquido viscoso, que se enrosca na garganta tomado puro. Desce rascante, deixa sem ar. É um melado artificial. Alguns gostam com leite. Eu, não. Apenas puro ou para acompanhar sorvetes de massa. Com os de coco, vai muito bem. Também combina bastante com aqueles sorvetes bem caseiros, feito quase que exclusivamente de gelo picado.
Não sei desde quando conheço a groselha Milani. Contudo, somente associo groselha a esta marca. A empresa foi fundada em 1955 e o carro-chefe é a groselha. Com sede em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, a Milani produz outros sucos concentrados como o de tomate (que eu também gosto), de goiaba, de manga, de maracujá. No entanto, é inevitável a associação com groselha. Ou melhor, com o xarope de groselha, que é a denominação correta.
A groselha (Phyllantus acidus) é originária da Índia e do Madagascar. Não consegui apurar quando e como chegou ao Brasil. A fruta contém ácido cítrico, pectina, corante vermelho e açúcar. O xarope de groselha, na verdade, deve ser consumido como ingrediente para receitas de doces e combinado com água, para fazer suco, e com outras bebidas, para drinques. É possível ainda usar a fruta para fazer geleia e compotas.
Mas o melhor mesmo é regar uma bela taça de banana split com groselha, pura. Se não estou enganado, quando morava no interior, havia uma pequena venda (na verdade, uma janela) que fornecia os granizados (sorvete de gelo picado) em saquinhos compridos. O sabor se ia rapidamente. Havia um outro bar, mais antigo ainda, que vendia picolés que, depois das primeiras lambidas, ficava branco, sem gosto. Entre os sabores, havia os de limão, de abacaxi e, claro, de groselha. Vem daí o meu apego às familiares carinhas da embalagem do xarope de groselha Milani.
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