The book is under the table

sábado, 25 de abril de 2009


Se a mim me fosse dada a opção de estudar alguma gastronomia in loco, optaria sem ressalvas pela China. A cozinha chinesa é plural. O país, que iniciou o plantio do arroz (alimento mais consumido da humanidade) e inventou o macarrão, tem uma história de cozinha de mais de 3 mil anos de idade e contabiliza mais de 10 mil receitas e 20 cozinhas regionais.


Dessas 20 cozinhas regionais, oito são as mais importantes, também chamadas de escolas culinárias: Sichuan, Shandong, Fujian, Hunan, Zhejiang, Jiangsu, Anhui e Guangdong. Destaque, ainda, para os pratos típicos de Beijing (Pequim) e de Hubei. A China, contemporaneamente, se apresenta como uma das mais fortes economias mundiais, com tentáculos em qualquer segmento que se possa imaginar. Praticamente, o país produz tudo e exporta tudo para todos, seja para o Brasil, para os EUA ou a Finlândia.

Parte dessa influência gastronômica encontra ressonância em cidades estrangeiras como San Francisco e Nova York, nos EUA, com bairros chineses (Chinatown) e respectivas cozinhas típicas que disseminam a gastronomia chinesa. Outras capitais mundiais como Londres, Tóquio e Paris também têm forte presença da China nos restaurantes.

Não por acaso, os pratos de porcelana oriundos da China viraram sinônimo, em inglês, de porcelana, em geral. No Reino Unido e nos EUA, 'china' significa louça de cozinha. Acho que isso coloca a China em posição de destaque em qualquer cozinha mundial.

Parte dessa gastronomia pode ser vista em "O Livro Essencial da Cozinha Asiática" - Paisagem Distribuidora de Livros - 304 páginas, que, apesar de não se dedicar apenas à gastronomia chinesa, serve bem ao propósito de dar aos iniciados ou não os primeiros passos em direção a uma cozinha de cunho chinês.

O livro apresenta fotos, receitas, ervas, especiarias e verduras asiáticas e abrange a gastronomia de 16 países da Ásia: China, Indonésia, Singapura, Malásia, Filipinas, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã, Coreia, Japão, Índia, Paquistão, Birmânia e Sri Lanka.

É bom tanto para quem já está familiarizado com a louça (chinesa ou não) de cozinha quanto para os apreciadores de bons momentos de deleite (de livros ou de comida propriamente dita).

De qualquer forma, eu, que já estive na China (Pequim e Hangzhou - capital de Zhejiang, uma das oito escolas), gostaria, mesmo, de fazer um estágio para aprender as técnicas milenares que unem combinações de doce e salgado, ácido e amargo e yin (ingredientes como melão, banana, pepino, hortelã, tomate, menta, caules e frutos) e yang (pimenta, gengibre, noz moscada, canela e curry). Uma cozinha que se preocupa com o equilíbrio dessa maneira é, na minha opinião, a mais completa de todas.
 

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