De pirar a cuca

quarta-feira, 25 de março de 2009


O Brasil, banhado de norte a sul pelo Oceano Atlântico e cujo solo abriga extensas áreas de águas fluviais, tem uma das maiores ictiofaunas do mundo. Ictiofauna é o conjunto das espécies de peixes que existem em determinada bacia biogegráfica. Somente a Bacia Amazônia tem mais de 2 mil espécies, muitas das quais ainda não foram catalogadas.


(Garoupa com Creme de Presunto Cru, Figos e Cebolinha em Folha de Figo)

A garoupa (Epinephelinae) é uma espécie de água salgada. Embora também seja chamada de garoupa no Brasil, esse peixe pode ser conhecido ainda pelos nomes de cherne, mero, marelaço, galinha-do-mar ou piracuca.


(Garoupa Cozida em Molho de Shoyu)

A galinha-do-mar tem, como sua congênere terrestre, carne branca, muito apreciada para uso na cozinha. É, na pesca industrial, um dos mais importantes peixes. As garoupas habitam os oceanos tropicais, como o Atlântico, e também mares e oceanos subtropicais e temperados. O habitat natural são as formações rochosas ou de corais, que servem de moradia e esconderijo de predadores.


É, entre os peixes de água salgada na costa brasileira, um dos maiores: adultas, as garoupas atingem 1 metro e mais de 50 quilos. São naturalmente predadoras, com boca grande e dentes pontiagudos. Outras espécies da mesma família podem chegar a extravagantes 800 quilos, como já constatado na Austrália.


O peixe está em circulação nacional: na cédula de R$ 100, há uma estampa da garoupa-verdadeira (Epinephelus marginatus). Não que as demais sejam falsas, ao contrário do que ocorre, às vezes, com as cédulas de R$ 100. Mas, as garoupas têm várias espécies, autênticas, diferentemente do papel-moeda que é (deveria ser) único.


Assim como os demais peixes, a garoupa pode ser consumida de várias maneiras: assada, frita, em postas, como moqueca, em arroz de garoupa, em lombos de garoupa e mais uma série de combinações. Mas, não confunda: há outras variedades com o nome de garoupa como a garoupa-gato, por exemplo, que, em São Paulo, chama-se badejo. A garoupa-verdadeira, piracuca, é uma só.

Comments

3 Responses to “De pirar a cuca”
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Anônimo disse...

Me enquadro, sem dúvida, na berdadeira... pirada! e já nem cuca resta mais. mau -humorada e pior! desumurada, sem morada, amarelada, não há garoupa que me salve ... quem puder que atraque, prefiro naufragar. não liga. tem dias de mar e outros de terra. estes últimos têm sido FOGO!...

26 de março de 2009 às 22:46
Anônimo disse...

e sobre o outro blog me apetece dizer: não tem reabilitação possível! nem sei do que estou falando, claro, mas é como me tenho sentido, beyound reabilitation of any kind... pardon my english... isto sempre passa, mas sempre volta, parece aquelas ondas, sabe? marés que bazam... como se acorda o sono?... como se dormece a vigília constante?... olhe, tenha paciência (ahahah)... atura piracuca, tu falou, agora (se)amanha... brincadeira desesperada. boas caldeiraadas prócê.

26 de março de 2009 às 23:06
Redneck disse...

Minha cara, tem uma música do Ney Matogrosso, a Balada do Louco, não sei se você conhece, que diz assim:

"Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser um normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no altar
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Eu sou feliz"

Pois é! Ao naufrágio, nos resta a derradeira tábua, seja em alto-mar ou em terra batida. E lost ou não em ilhas misteriosas, a lei do eterno retorno sempre nos fará voltar ao ponto de partida. Quanto à rehab, não acredito nem mesmo em hab(lilitações)s, o que dizer então de rehabs. É como eu disse antes, náufragos por náufragos, nada nos resta senão afogar ou deixar que as ondas nos levem nesse mundo onde nos dizem loucos sem saber que são, eles, the others, mais loucos do que nos dizem. Beijo, seja lá com água, fogo, terra ou ar! Ao que parece, a presença ou ausência dos elementos tanto faz.

27 de março de 2009 às 01:04