A sativa sem-rival

sexta-feira, 20 de março de 2009


A alface (Lactuca sativa) é uma hortaliça originária da Ásia. Em 4.500 a.C, já era conhecida e consumida no Egito. No Brasil, chegou no século XVI, trazida pelos portugueses. É, no Brasil e no mundo, a hortaliça folhosa mais consumida, o que lhe dá dianteira sobre outra sativa, também bastante popular no globo terrestre.


A parte comestível da alface são as folhas, que podem ser lisas ou crespas, e fecham-se ou não em "cabeças". A coloração varia conforme a espécie: verde-amarelado, verde-claro, verde-escuro e verde com tonalidades de roxo. As classificações da alface são: Americana, Crespa, Lisa, Mimosa e Romana. No Brasil, a mais consumida é a Crespa.

Mundialmente, a alface é usada para o consumo humano em saladas, em trouxinhas com recheios (de queijos, carne ou outros) e como acompanhamento de sanduíches.


As melhores alfaces para o consumo são as de folhas limpas e de cores brilhantes. Acondicionadas devidamente em sacos plásticos e guardadas sob refrigeração, as alfaces costumam durar entre cinco a sete dias. Para aqueles que temem os deuses das gorduras e dos exageros, a alface é recomendada como comida de cabeceira, quer dizer, da cabeceira da mesa. Cem gramas de alface significam apenas 15 calorias e podem, pelo menos, assustar a fome tanto quanto uma boa porção de alfafa acalma cavalos esfaimados.

Em casa, por exemplo, minhas irmãs consomem alface como se fosse uma iguaria das mais finas. O que, na minha avaliação, não é, realmente, o caso. Da alface, gosto sim: das cores, da textura e do recorte. Sem um bom suco de limão, sal, pimenta-do-reino e um bocadinho de óleo de gergelim ou um aceto balsâmico, a alface crua para mim tem o mesmo valor que o gramado do quintal.


Apesar de as variedades serem divididas em quatro famílias, são diversas as espécies de cada uma. A variedade alface-repolhuda (capitata) inclui as alfaces-icebergs, bateavia, greta lakes, bola-de-manteiga, mescher, maravilha-das-quatro-estações e sem-rival; a variedade romana (longifolia) inclui a alface-romana, a orelha-de-mula, a loura-das-hortas e a balão; da variedade crespa ou frisada (crispa) fazem parte a alface escura-do-olival, folha-de-carvalho e lolla-rossa; e, finalmente, da variedade galega (latina) fazem parte as alfaces-galegas.

Eu não sabia que havia tanta variedade de alface assim. Quem sabe, entre uma dessas, esteja aquela alface ideal que me conquiste em definitivo e me arregimente para o reino das sativas. Quem sabe!

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