A taioba (Xanthosoma sagittifolium) é desconhecida. Era até este momento para mim. Incrível como não se conhece o que se tem quase no quintal, não é? A planta é um tipo de verdura, uma variedade do inhame que pode ser consumida após o cozimento. Pode ser taiá ou taiova, ainda assim estranha.
A associação mais próxima é com a couve. Tem origem milenar na China e no Egito. Tem folhas maiores, mais largas e mais vistosas, no entanto, do que a couve. A taioba tem mais vitamina C do que a cenoura, o brócolis e o espinafre.
Eu falei em quintal antes porque a taioba pode ser cultivada assim como se planta o alface, a salsa ou a cebolinha. Para preparar taioba, haja como se fosse couve: lave, pique e refogue com cebola. É ótima para acompanhar o feijão e o arroz do dia-a-dia. Só não confunda com a taioba-brava (Colocasia antiquorum), ou cocó, taió ou tajá. Essa é venenosa e intoxica.
Com taioba se faz salada, bolinho, pizza ou lasanha. Se faz creme de taioba, como se faz com espinafre. Da taioba, como de outros casos já citados neste blog, se aproveita tudo: o tubérculo, as folhas e as hastes. Nós, brasileiros, temos o costume de jogar fora algumas partes dos alimentos: da batata, desprezamos a casca, da couve, os talos, e assim por diante. Besteira! Conheci uma senhora que não enviava nada ao lixo. Aproveitava tudo. As plantas são sagradas também no preparo das refeições. A taioba é uma estranha ainda para mim. Não fomos apresentados um ao outro. Mas, já sei que dá para fazer arroz e torta de taioba.
Tem umas folhagens aqui em casa que até mesmo parecem taioba. Por que não cultivar uma planta dessas em casa e fazer uma salada fresca, direto da horta? Dizem que a taioba sumiu. Viva a taioba!
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7 Responses to “Taioba”
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Certa vez fui convidada à almoçar por uma família muito humilde, na periferia de São Paulo. Apesar da enorme dificuldade financeira, faziam questão de amigos á mesa. Foi lá, neste almoço que conheci a taioba. A que comemos havia sido colhida literalmente no meio do mato próximo à casa. É mesmo muito bom seu sabor. Pena não ter tido mais oportunidade de saboreá-la
12 de dezembro de 2008 às 00:15Nanda, você diz que a taioba estava ali, no mato próximo à casa. É incrível o que se pode ter no quintal. E a taioba, atualmente, virou item de luxo. É uma contradição gritante. Beijo!
14 de dezembro de 2008 às 17:51Comia taioba na minha infância, gostava muito e realmente hoje não a encontro mais em lugar nenhum.
3 de março de 2009 às 22:54Se alguém souber onde posso encontrá-la na zona oeste de São Paulo, por favor, me informe. Ou até onde encontrar sementes para plantio.
Katmandú, eu sei que no Mercado Municipal é possível encontrar taioba e também na Casa Santa Luzia (versão enlatada). Sugiro que você dê uma passadinha no Mercadão e converse com quem vende para ver se você descola as mudas. Abraço!
5 de março de 2009 às 18:26Taioba me lembra os tempos da roça... Ai, ai...
16 de abril de 2009 às 16:33Lá eles diziam que comer manga e depois taioba (ou vice-versa, sei lá) poderia matar... Bom, eu que não quero comprovar essa teoria... mesmo porque, já conheci essa tal de taioba mas não fui muito com a cara dela, não...
OI Fábio, eu também não gostei muito não. Agora, quanto às superstições, se são verdadeiras ou não, eu não sei. Mas que acrescentam mais sabor à história da alimentação, isso com certeza. Abraço!
18 de abril de 2009 às 18:12Oi pessoal, eu tb conheci a taioba na infancia, minha avó tinha no quintal.....reencontrei-a na feira de organicos no Parque da Agua Branca que funciona terças, quintas, sábados e domingos das 7 ``as 12 hs.
19 de março de 2011 às 10:12Postar um comentário